Estamos em Cascavel no início dos anos 80 e o meu amigo pessoal Arno Sagmeister me convida a ser seu secretário na gestão que se avizinhava em julho. De pronto aceitei mas coloquei uma condição: só se criarmos o segundo clube na cidade na nova gestão, pois Cascavel já passara dos 100 mil habitantes e havia um clube, já nos seus 25 anos de atividades.
Com um olhar de dúvidas mas querendo que eu fosse seu secretário, Arno concordou e começamos a trabalhar no assunto, convidando os companheiros Edimar Ulzefer e Charles Uscocovitch e buscarmos profissionais exemplares na comunidade, líderes naquilo que faziam. Várias reuniões ocorreram e depois disso foi criado o Rotary Club Cascavel Harmonia. O hábito, na época, era de que, ao seu formar um novo clube, se consultava os companheiros que desejavam participar do novo clube. Bandearam-se para lá, que eu me lembe, Edimar e Charles.
Quando Paulo Moisés Zordan assumiu a presidência, um dos planos era construir na cidade uma Capela Mortuária, porquanto na cidade os velórios aconteciam nas casas dos moradores ou em recintos das funerárias. Faltava um local comunitário com taxas simbólicas, apenas para servir à população. Se acham que foi fácil, estão redondamente enganados! Primeiro, conversamos com o prefeito de então, Jacy Scanagatta, e logo ele concordou em fazermos a Capela. O município liberaria um terreno e a mão-de-obra e nós conseguiríamos todo o material necessário.
Assim foi feito, numa maravilhosa mobilização, uns davam xis tijolos, xis cimento, xis areia, cal e madeirame necessário. O projeto elaborado, não sei se de lavra de Lauro Hoff ou Solange Smolarek, previa três capelas e uma pequena sala de administração que nos primeiros tempos foi usada pela Associação de Senhoras de Rotarianos, que administrava o local tendo alguma renda para obras sociais. Era nossa a administração, dos rotarianos e rotarianas, até que um companheiro, que era vereador, para talvez contar pontos com o prefeito do MDB, movimentou nossos bastidores para entregar a gestão ao Município. Até hoje a obra está lá, fruto de um serviço comunitário de Rotary, dentro do lema de Dar de Si Antes de Pensar em Si.
O programa de Intercâmbio Internacional de Jovens, em que enviávamos nossos jovens para estudarem e conhecerem os costumes de outros países e recebíamos estrangeiros, funcionava uma maravilha. Um pouco antes de 1985, às vésperas de eu assumir a presidência, pudemos enviar para Oregon, Estados Unidos, na cidade de Pendleton, nossa filha mais velha Clarissa, e recebemos a jovem Jaye Brown. Mas estas histórias de jovens e seus efeitos na comunidade terei oportunidade de ainda revelar.