Algum dia, se é que não foi um fake do passado, o então presidente da França, sempre a França!, Charles De Gaulle, teria dito que o Brasil não era um país sério. Muitos contestaram, reclamaram. E ele não teve sua esposa, bonita ou feia, exposta na mídia por isso.
Falemos a verdade: se fôssemos um país sério, teríamos tantos políticos, administradores de estatais, juízes, desembargadores, ministros com tantas mordomias, deixando que o Estado pague por suas despesas de moradia, segurança, comida, vinhos, transporte pessoal, celulares?
Se houvesse honestidade com as coisas públicas, os tribunais, executivos e legislativos precisariam ou teriam necessidade de tantos cargos comissionados, porteiros, cozinheiras, motoristas, copeiras e seguranças ganhando mais de 10 mil mensais?
Se tivéssemos vergonha na cara, haveria necessidade de se construírem prédios suntuosos para servidores públicos? Polícia Rodoviária, por exemplo, monta grandes edifícios à beira das Brs apenas para recolher dinheiro de multas que aplica a bel prazer nas rodovias? Sua função não é dar segurança preventiva nas rodovias federais?
Se fôssemos zelar pelo dinheiro público, teríamos necessidade de gastarmos os tufos em busca de justiça? Para que tantos tribunais, que levam décadas para decidir a favor do que é justo nos impasses legais, de tantas leis que emaranham o nosso raciocínio? Por que Tribunais do Trabalho quando os próprios tribunais poderiam resolver as injustiças movidas contra ou a favor dos trabalhadores?
Por que tantos cartórios nas cidades que chegam a duvidar entre si? Você reconhece a firma num, em uma cidade, e há necessidade de outro cartório reconhecer o firmado?
Realmente, pode ser que De Gaulle não disse, mas temos que chegar à conclusão de que hoje, mais do que nunca, nosso combalido Brasil continua não conjugando a seriedade, honestidade e zelo pela coisa pública. Infelizmente.