Já devo ter comentado que a espessura do papel higiênico anuncia em cada pais o seu grau de cultura, do seu PIB e do seu conforto. Em país desenvolvido (nem sei desenvolvido em que, se dominando na ONU, OPEP, OMS ou mesmo no sistema financeiro mundial), a qualidade dos produtos, mesmo vindos da China, tem que serem de primeira. Até na espessura do seu papel higiênico! Uma folhinha só basta para cumprir com sua finalidade. Mas aqui no Brasil, pais permanentemente em desenvolvimento, você é obrigado a tirar de cinco a dez folhinhas finíssimas para cumprir o desiderato higiênico!
E, já que estamos falando do papel higiênico, difícil é saber se realmente aquele rolo tem a metragem colocada no rótulo. Alguém se habilitou ou se habilita a conferir?
Há uma coisa, antes tão usada e indispensável na comunicação interpessoal, que já não mais nos pertence, o telefone fixo. Primeiro, um artigo de luxo, conseguido a duras penas, e custos, junto ao detentor do sistema, o governo federal. Ter um telefone residencial era sinal de ´status´ e se podia falar o tempo que quisesse. Até que tudo mudou, com a abertura do mercado tecnológico nos tempos do Collor. Era a tal da reserva do mercado que, na essência, era do Governo dito democrático mas dominando quase o ar que respirávamos. Mas, mesmo com a abertura, diante dos costumeiros altos impostos de todo tipo no Brasil, continuamos comprando aparelhos chineses desde o Paraguai.
Quem usa ainda os Correios? Pouca gente, né? Hoje, basta copiar um texto do e-mail ou de qualquer rede social, e o documento é aceito pelos juízes e repartições, sem precisar reconhecer as firmas. Boletos de cobrança chegam pela internet, faturas de telefones, luz e água também e assim evoluíram as formas de comunicação.
Coisas que não evoluíram para nós, os vis e pagadores usuários: as taxas bancárias, cada vez crescentes e incompreensíveis. Se antes você tinha uma conta bancária e não havia cobrança por isso, com monte de funcionários à sua disposição, com seus custos salariais e tributários, eis que agora, com os bancos usando a nuvem, temos que pagar taxas mensais para ´manter a conta´!? Nosso dinheiro continua sendo usado pelo banco e, ainda assim, e por isso, pagamos mensalidades!
Teria mais coisas da nossa cultura (in)útil, mas paro por aqui para evitar estresse pandêmico mental…