Como você se autodefiniria?

Eu, talvez, para me autodefinir, primeiro tiraria a modéstia de lado e me imaginaria ser um sujeito positivo, idealista, irônico, motivador, sonhador, romântico e um tanto visionário. Chato em alguns momentos, agressivo por algumas colocações irônicas e, na certa, uma pessoa definida em princípios, valores, liberdade de expressão, carinhoso com pequenas aves, animais e plantas de todos os gêneros.

Mas, e se tivéssemos que deixar aos nossos pósteros alguma dica para colocarem uma palavra ou frase em sua lápide, se é que alguns de vocês pensam assim, como seria? Claro que, uma vez que foi para outra dimensão, alguns garantem que foi para uma melhor e ninguém deu sinais disso ou que foi para uma pior, de qualquer jeito a definição foi postada na pedra ou no mármore por alguem que você deixou, com quem conviveu, brigou, ensinou, ou desensinou, deu bons e diferenciados ou inúteis exemplos. Nada vai mudar, não poderemos, acho, reagir.

Juro que me despi do ego nessa autodefinição, pois minha vivência nas comunidades e na vida teve altos e baixos, acreditando que mais altos do que baixos, instigando nesse texto a que procure sempre melhorar, sempre aumentar os relacionamentos bons. De maus nem quero falar, pois a cota deve estar vencida e enterrada.

Algumas definições sobre a pessoa que aqui lhes escreve poderiam ser consideradas. Alguém já discursou em minha homenagem num evento dizendo que era um cara simplório. Levei um susto com o termo, mas em seguida compreendi que o homenageante queria dizer que eu era um sujeito simples. Ainda mais que viajava num Del Rey antigo, meio borrado por poeira e lama. Sim, então, podem colocar na lápide o termo Surek, o simples. Simplório, deixa prá la, tá!

Há alguns dias, um amável rotariano de Lages me definiu como um semeador ou plantador de clubes. Rememoro que já no ginásio, eu com meus 11, 12 anos, criei um grêmio estudantil, depois no curso técnico, outro grêmio, o Visconde de Cairu, pelo qual tive oportunidades de iniciar meus treinamentos de liderança, participar de eventos e até ser diretor social da União Curitibana de Estudantes Secundários (UCES). Participei da criação do Grupo Folclórico Polonês União Juventus, hoje Junak, com mais 8 colegas cantores de tradicionais canções polonesas. Clubes de Rotary foram muitos, já descritos neste blog. Formei com dois sócios um Instituto da Cultura Polônica do Brasil e a União das Comunidades Polônicas da América Latina. É mole? Estaria bem, meus queridos herdeiros, dizer que fui um semeador. Lá do outro lado, se ele existir, devo continuar gostando.

Essas provocações, finalizando, devem ser levadas como puro divertimento, pois não terei lápides, memoriais, etc, e tal: já tenho papel passado para virar um monte de boas e leves cinzas. Lápide talvez para boa parte de vocês, tá? Mas deixem algumas dicas!

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