Chuveiro no meio do quarto

Situações inusitadas não foram o que faltaram em nossas andanças no mundo, no caso em Pasadena, Califórnia, e em Nova York, nos dias que antecederam nosso treinamento como governadores de Rotary International. E depois disso também.

Primeiro, meu amigo Valdir Pagnoncelli e sua esposa Marilda, e eu com Cristina, resolvemos pegar um carro alugado, com nossas malas, do Aeroporto de Los Angeles, até o hotel da assembleia internacional. Não era grande o veículo, mesmo assim tivemos que incluir as malas dos quatro no dito. Não havia espaço para elas, ou até havia, mas eram quatro os passageiros. A Marilda, mais novinha, teve que se acoplar às malas no banco traseiro, tocando o teto. Foi hilária a viagem até o hotel.

Após a emocionante assembleia, os dois casais combinaram ir dar um passeio em Nova York, reservando por telefone um determinado hotel. Do aeroporto fomos ao endereço do alojamento, acho que era isso, pela aparência. Pegamos as malas do táxi e o dispensamos. Subindo até a portaria, por uma escadaria multocolorida tendendo mais para a escuridão de uma boate, foi um susto para as mulheres. A Marilda e a Cristina de cara não gostaram do ambiente e desistimos dali.

Arrastando as malas pelas calçadas, já exaustos pela viagem, eis que encontramos um hotel com relativa aparência e nos informaram que havia somente um quarto que acomodaria os casais. Concordamos e nos alojamos. Ao ingressarmos no quarto, vimos que os banheiros eram fora, no corredor e no meio do ´”apertamento” havia uma pia pequena e, pasmem, um chuveiro com arco em volta com uma cortina transparente de plástico! Quando um se banhava, os outros três tinham que estar de costas. Ou seja, desistir dali não havia jeito, de tão cansados. Um olhava para o outro e todos cairam em gargalhadas pela aventura. Lembro que dormimos dando risadas.

Isso aconteceu em fevereiro de 1996, numa memorável viagem com amigos que prezamos muito desde então.

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