Primeira Viagem à Polônia (1)

Já devo ter comentado detalhes de minha primeira viagem à Polônia, em companhia do companheiro rotariano de sempre Werner Egon Schrappe, quando estava na presidência da Associação Comercial do Paraná, cujo nome até hoje é estadual mas suas atividades se restringem a Curitiba e área metropolitana. Foi uma fase áurea dessa entidade, em que se acabou com a reeleição e se imprimiu uma ação inovadora, aumentando o quadro social e conseguindo uma perfeita e crescente representatividade dos comerciantes, lojistas, etc.

Pois bem, estava eu como assessor de imprensa da ACP, logo depois que me aposentei na COPEL (Companhia Paranaense de Energia), aos 47 anos e 32 de contribuinte a um fundo previdenciário (INSS) já visivelmente combalido e cheio de desvios de suas finalidades. Iniciei contribuindo aos 15 anos, em 1959. Num certo momento, recebi convite para acompanhá-lo à Europa, pois ele queria visitar suas raízes alemãs e austríacas.

E lá fomos nós, ele saiu antes para ver alguma coisa empresarial na Alemanha e nos encontramos no aeroporto de Frankfurt. Era o ano de 1992, penso eu, logo após ter sido derrubado o Muro de Berlim. Ele alugou um super carro e iniciamos viagem até a Polônia, chegando na cidade de Katovice, onde nos hospedamos num hotel cinco estrelas.

No caminho a gente confirmou como o governo comunista estava atrasando o desenvolvimento da ex-Alemanha Oriental. Chegávamos perto das cidades e víamos nuvens escuras de poluição dos chaminés das indústrias, era triste para quem já naqueles tempos brigava por um meio ambiente despoluído.

Deixamos o carro na frente do hotel e a maior parte das malas com mimos aos parentes, roupas diversas para o restante da viagem. Na manhã seguinte, o carro e seu conteúdo foi roubado! Foi um bafafá danado. O hotel não se responsabilizou porque deixamos o carro fora, sem segurança e sua direção disse que isso era comum com a abertura política recente e se formavam muitas gangues polono-russas. Reposto o carro, fomos adiante até um certo ponto em que fui deixado por Werner para tomar rumo à cidade de Lipinki, 60 quilômetros distante de Tarnów, em busca de conhecer minhas raízes polonesas; era exatamente onde nasceu meu pai Francisco e que tinha emigrado ao Brasil aos 18 anos, como ferreiro de mão cheia.

Esta viagem ainda tem muitas curiosidades no túnel do tempo. Continuaremos.

  1. Ines disse:

    Boa noite Miecislau!
    Em meio as pesquisas sobre genealogia,resolvi procurar no google pelo sobrenome…e, curiosamente “te encontrei”.
    Sou tataraneta de Martin e Magdalena Surek, imigrantes pioneiros na região de Thomas coelho, Araucária, Pr… tenho como referencia a Comuna de Lipnica, como origens deles. Será que temos algo em comum com nossos ancestrais?

    • Miecislau Surek disse:

      Olá Inês. Grato por enviar seu comentário. Na realidade, meu sobrenome paterno teria que ser SZurek, mas fui registrado sem z e já descobri que o Surek é nome muito comum na Polônia. Em Lipinki, mesmo, não há esse sobrenome, apenas Szurek. Visitei seus cemitérios, acho que foram dois, e somente havia nas lápides os Szurek. Penso que devemos incursionar mais para descobrirmos mais sobre nossos ancestrais. Mande novidades se descobrir. Forte abraço e dziekuje..

    • Fernando disse:

      Olá Ines, seu comentário me chamou atenção pois meu trisavô também era Martin Surek e imigrou para a região de Thomas Coelho – Araucária também. Embora pelos meus registros a esposa dele não se chamava Magdalena mas talvez exista a possibilidade de termos ancestrais em comum.

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