Difícil você se decidir entrar na política partidária nos dias de hoje, pois são mais de 35 no País e todos praticamente com o mesmo propósito, chegar ao poder com mensagens diversas mas, conseguindo eleger alguém, se acumpliciam com os que nos mandam e desmandam há décadas. Ingressam nas ´forças ocultas´ denunciadas pelo ex-presidente Jânio Quadros, abocanham verbas oficiais e usam e abusam dos seus resultados.

Se eu tivesse que escolher hoje um partido, ficaria com o Federalista, que há mais de vinte anos busca registro e, por suas metas, esbarra nas faladas ´forças´ e não consegue sua oficialização. Os motivos disso são que esse futuro partido propugna modificar a forma de governo, onde cada estado arrecada e gasta como precisa, deixando uma parcela dos recursos para a União; onde juízes e desembargadores em geral devem ter mandatos temporários e ser eleitos pela população; delegados de polícia também; onde regras de comportamento, definidas pelo povo, abrangem apenas o Estado. E outras novidades que extirparão o conluio oficial que temos hoje em seu próprio benefício.

Teríamos que ter poucos partidos, uns 4 a 5, permitindo que a população fosse representada por seletos membros, cujos mandatos poderiam ser cassados apenas com um indício de atuação corrupta. Nada de aposentadorias com 4 anos de mandato, ou pensões vitalícias para herdeiros de militares. Nada de impostos sobre impostos como hoje, nada de cobrar imposto sobre aposentadorias, pois houve um depósito por dezenas de anos e o resultado não pode ser visto como renda.

Mas, creio que será longa a caminhada dos federalistas para conseguirem um lugar no quadro nacional. Seus sonhos vão esmaecendo a cada dia em que bandidos de toga e de cargos legislativos atropelam o bom senso e a democracia, trabalhando dentro da lei de Gerson, levado vantagem em tudo. Sonhar, mesmo, é de graça, mas se houvesse uma forma de receber taxações, certamente teríamos que pagar por isso. Fiquemos por enquanto nos sonhos, aqui quietinhos, antes que eles se lembrem dos mesmos.